Os meliponídeos, chamados popularmente chamados de abelhas sem ferrão, abelhas nativas ou abelhas indígenas, são abelhas que vivem em colônias e caracterizam-se por apresentar o aparelho ferroador atrofiado. Os meliponídeos da tribo Trigona ocorrem em grande parte das regiões tropicais da Terra, ocupando praticamente toda a América Latina e África, além do sudeste asiático e norte da Austrália (VILLAS-BÔAS, 2012), entretanto as que pertencem a tribo Melipona ocorrem somente na América do Sul, América Central e Ilhas do Caribe. Existem no mundo aproximadamente 400 espécies dessas abelhas, no Brasil aproximadamente 300 espécies, sendo destas, aproximadamente 40 da tribo das Meliponas, as demais são da tribo das Trigonas.
Em Santa Catarina ocorrem naturalmente cerca de 35 espécies, porem por ter exigências específicas em relação as condições climáticas, muitas espécies são encontras somente em determinadas regiões do estado devido a exigências específicas em relação as condições climáticas.
Devido a sua importância como agentes polinizadores, tanto de espécies de plantas nativas como de cultivadas, é importante que o produtor mantenha e preserve as abelhas sem ferrão que ainda estão em seu habitat natural em função das estreitas relações ecológicas que tornam plantas e polinizadores dependentes uns dos outros.
Publicações
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A importância das abelhas sem ferrão
A criação de abelhas nativas tem se tornado uma atividade importante para o produtor através da comercialização do mel, polinização de algumas culturas comerciais e a venda de colônias formadas através da criação racional. Entretanto, o produtor deve manter o foco preservacionista, mantendo as populações de abelhas nativas em seu habitat natural como agentes polinizadores, tendo em vista que a grande maioria das espécies de plantas nativas dependem da polinização feita por abelhas também nativas para sua perpetuação, em função das estreitas relações ecológicas as tornam dependentes umas das outras.Espécies de Abelhas sem ferrão de ocorrência natural encontradas em Santa Catarina
Tabela 1: Espécies de abelhas sem ferrão – meliponídeos de ocorrência natural encontrados no estado de SC, embora na literatura pode ser encontrado mais de 34 espécies. Foram encontradas também algumas variações de espécies, tais como Guaraipinha, Manduri estrela, Manduri vermelha, Mirim guaçu vermelha, entre outras.Nome popular | Nome cientifico | 1A | 1B | 2A | 2B | 2C | 3A | 3B | 3C | 4A | 4B | 5 |
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Boca de sapo | Partomona helery | X | X | X | X | |||||||
Borá, Vorá | Tetragona clavipes | X | X | |||||||||
Bugia | Melípona Mondury | X | X | X | X | |||||||
Caga fogo | Oxitrigona tataíra | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X |
Canudo | Scaptotrigona depilis | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X |
Guaraipo preto | Melipona bicolor schenki | X | X | X | X | X | X | X | X | X | ||
Iraí | Nannotrigona testaceicornis | X | X | X | X | X | X | X | X | X | ||
Irapuã | Trigona spinips | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X |
Iratim preta | Lestrimelitta sulina | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X |
Iratim vermelha | Lestrimelitta ehrhardti | X | X | X | X | X | ||||||
Jataí | Tetragonisca angustula | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X |
Jataí | Tetragonisca fiebrigi | X | X | X | X | X | ||||||
Jataí da terra, Mirim sem brilho | Paratrigona subnuda | X | X | X | X | X | ||||||
Lambe olhos, Lambe suor | Leurotrigona muelleri | X | X | X | X | |||||||
Mandaçaia | Melipona quadri anthidiodes | X | X | X | ||||||||
Mandaçaia | Melípona quadri quadri | X | X | X | X | X | X | X | X | X | ||
Manduri preta | Melipona marginata | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X |
Manduri vermelho | Melipona obscurior (Rufis) | X | X | X | X | |||||||
Mel do chão, guiriçú | Schwarziana quadripuntacta | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X |
Mirim droriana | Plebeia droriana | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X |
Mirim Emerina Timirim | Plebeia emerina | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X |
Mirim Saiqui | Plebeia saiqui | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X | X |
Mirim, Mosquito | Plebeia nigriceps | X | X | X | X | X | X | X | X | |||
Mirim-guaçú | Plebeia remota | X | X | X | X | X | X | X | X | X | ||
Plebéia | Plebéia sp | X | ||||||||||
Tubiba | Scaptotrigona tubiba | X | X | X | ||||||||
Tubuna | Scaptotrigona bipunctata | X | X | X | X | X | X | X | X | X |
Coleta de amostras e classificação: bióloga Juliana Cella com a colaboração da equipe de apicultura e meliponicultura da Epagri, UFSC e UNOESC. Exemplares de cada espécie podem ser encontrados no Laboratório de biologia da UFSC Florianópolis e UNOESC Xanxerê.
Região Agroecológica 1A – Litoral Norte, Vales dos Rios Itajaí e Tijucas
Região Agroecológica 1B – Litoral de Florianópolis e Laguna
Região Agroecológica 2A – Alto Vale do Rio Itajaí
Região Agroecológica 2B – Carbonífera, Extremo Sul e Colonial Serrana
Região Agroecológica 2C – Vale do Rio Uruguai
Região Agroecológica 3A – Vale do Rio do Peixe e Planalto Central
Região Agroecológica 3B – Planalto Norte Catarinense
Região Agroecológica 3C – Noroeste Catarinense
Região Agroecológica 4A – Campos de Lages
Região Agroecológica 4B – Alto Vale do Rio do Peixe e Alto Irani
Região Agroecológica 5 – Planalto Serrano de São Joaquim