Mel Falso

Denuncie o mel Falso e/ou clandestino:

A denúncia deve ser feita na Vigilância Sanitária do município onde está sendo comercializado o suposto mel falso/clandestino.

Contato da vigilância sanitária do município através do link.

Denúncias sobre irregularidades também podem ser realizadas no site da Diretoria de Vigilância Sanitária em: http://www.vigilanciasanitaria.sc.gov.br/. No link: "FALE COM A VIGILÂNCIA" Gera-se um número de protocolo que possibilita o acompanhamento da denúncia.


Leia nosso boletim sobre o mel falso abaixo, ou faça download aqui.



Orientações para identificação e denúncia de Mel Falso

Com objetivo de melhorar a qualidade do mel em SC, um grupo de entidades que fazem parte da câmara setorial de apicultura e meliponicultura de Santa Catarina, está trabalhando dentre outras questões, a diminuição da grande quantidade de mel irregular que está sendo vendida no estado. Para que este trabalho produza bons resultados é fundamental o seu engajamento. Este material foi elaborado de forma a facilitar a identificação das diversas irregularidades e falsificação de méis, que são comercializados em Santa Catarina.

Irregularidades mais encontradas

1) Xarope de açúcar ou glicose de milho vendido como mel

Preço

O comerciante paga pelo xarope entre 9,00 e 11,00 reais o kg e repassa ao consumidor por 20,00 – 25,00. O mel puro, o comerciante normalmente paga para o entreposto 20,00 – 22,00 e repassa ao consumidor por 35,00 a 45,00 potes de 1 kg. O preço é apenas um indicativo, pois encontra-se também méis puros no mercado com preços mais acessíveis.

Rótulo
- Rótulos clonados de marcas conhecidas: são utilizados rótulos clonados de entrepostos legalizados que tem bom nome no mercado, muitas vezes de entrepostos de associações para utilizar também o apelo de produto artesanal. Quando existe a suspeita de rótulo clonado podemos averiguar rapidamente buscando o telefone da empresa na internet. Ela poderá informar se vende mel naquela região, se utiliza aquele tipo de embalagem, etc.; Xaropes vendidos com rótulos clonados são vendidos fora da região onde é vendido o mel da empresa que está sendo vitimada.
- Rótulos falsificados, criados com alguma marca: Os rótulos de grandes falsificadores (ação interestadual) normalmente são bem feitos, vistosos se parecendo com rótulos de mel puro legalizado.
- Rótulos falsificados, feitos de forma artesanal: Já o rótulo de pequenos falsificadores (normalmente tem uma qualidade de impressão inferior, com poucos dados, ou não tem rótulo, é de fácil identificação.

Embalagens
Pequenos e médios falsificadores (ação regional) envazam em pote de plástico mais baratos que os tradicionalmente utilizados para mel, são potes plástico normalmente utilizados para geleias (a boca mais larga que o fundo, as vezes sem lacre) comprados em lojas de embalagens, no oeste de Santa Catarina é muito comum também a utilização de baldes e garrafas pet (litrão);

CNPJ e Inscrição estadual
Quando o rótulo é clonado o CNPJ e Inscrição estadual normalmente conferem com o nome da empresa e correspondente SIF, quando o rótulo é falsificado normalmente não corresponde, nestes casos é colocado número de SIF de frigoríficos, SIF inexistente, SIF de municípios ou estados não correspondentes, etc.;

Contatos da empresa
- Telefone: Quando o número do telefone que está no rótulo é inexistente, por via de regra se trata de mel falso; - Endereço: Exceto em casos de clonagem, o endereço indicado no rótulo de xaropes normalmente é inexistente ou aleatório, não conferindo com os demais dados;

Essência de mel e amido
Falsificadores mais sofisticados normalmente utilizam essência de aroma de mel e amido. Quando a cor, sabor, textura são meio “esquisitos”, “diferentes”, o argumento utilizado é que se trata de mel característico de determinada região. Pode-se encontrar embalagens que contem mel, porem misturados com xarope de açúcar ou glicose de milho, e também com pedaços de favo de mel dentro da embalagem, para parecer verdadeiro. Teste para detecção de mel com presença de amido: A presença de amido é facilmente detectada fazendo o teste de lugol. Basta colocar um pouco de água em um copo, acrescentar algumas gotas de iodo (estes comprados em farmácia) e um colher do suposto mel e mexer com uma colher. A presença de amido deixa a solução escura, cor grafite, o mel puro não, visto que não contem amido. Nas primeiras vezes que fizer o teste é bom fazer o teste também com mel de procedência conhecida para fazer a comparação;

Locais de venda de mel falso
Nas margens de rodovia (quiosques, barracas, lojas de conveniência) a presença de xaropes vendidos como mel é muito grande. Em pequenos supermercados, padarias, sacolões e outros estabelecimentos que normalmente não tem controle com nota fiscal os índices também são altos. Em mercados maiores, que só trabalham com nota fiscal é difícil de encontrar falsificações, especialmente as grosseiras, embora por vezes é possível encontrar clonagem de rótulos de marcas de mel conhecidas e regularizadas, porem com mel que tem origem no contrabando.

2) Mel com origem no contrabando, características:

Normalmente é vendido por alguns entrepostos, com rótulo regular, talvez a mais danosa irregularidade para nossa apicultura, devido a dificuldade de identificação, grande volume em determinados momentos, (oscila de acordo com o preço interno e externo do mel), transmissão de graves doenças e pragas exóticas para nossas abelhas, e presença resíduos de antibióticos e acaricidas que comprometem a saúde do nosso consumidor. Cabe lembrar que o mel de contrabando é adquirido por um valor baixo por ser velho e/ou contaminado com antibióticos e acaricidas, com rejeição no mercado Europeu e Americano.

3) Mel verdadeiro vendido de forma irregular por pequenos produtores, características:

- Sem rótulo; - Com rótulo rudimentar, artesanal, podendo até ter informações de contato verdadeiras; - Bastante comum encontrar em vidros de café solúvel ou vidros de conserva; - Preço final ao consumidor: 20 – 25 reais. - Quando este mel, embora puro, está sendo vendido na beira da estrada (exposto ao sol, com argumento que é para não cristalizar), ou na rua vendido por terceiros.

Algumas observações:

- Normalmente os comerciantes e vendedores de rua são cúmplices na venda de xaropes devido à alta lucratividade - O engajamento de entrepostos é fundamental para auxiliar a Vigilância sanitária na fiscalização, visto que seus vendedores percorrem periodicamente os postos de venda e tem olho clínico para detectar o que mel falso ou verdadeiro; - Sempre que possível deve-se envolver Vigilância e a polícia para dar flagrante, pois do contrário o falsificador só troca de comprador ou região.

Denúncias

A denúncia deve ser feita na Vigilância Sanitária do município onde está sendo comercializado o suposto mel falso/clandestino. Contato da vigilância sanitária do município através do link: http://www.vigilanciasanitaria.sc.gov.br/index.php/informacoes Denúncias sobre irregularidades também podem ser realizadas no site da Diretoria de Vigilância Sanitária em: http://www.vigilanciasanitaria.sc.gov.br/ No link: "FALE COM A VIGILÂNCIA" Gera-se um número de protocolo que possibilita o acompanhamento da denúncia.