O SMFA-SC foi utilizado para subsidiar o planejamento de políticas públicas e planos de ação. Inicialmente foi feita uma estimativa da área de conflito de uso nas APP em Santa Catarina por região fitogeográfica. Os resultados estão publicados no informe técnico “Diagnóstico das Áreas de Preservação Permanente (APP) do estado de Santa Catarina como subsídio ao Plano de Regularização Ambiental (PRA)”.
Este informe técnico apresenta um diagnóstico do conflito de uso do solo nas áreas de preservação permanente (APP) do Estado de Santa Catarina segundo as diretrizes do novo código florestal. Além do diagnóstico do conflito de uso, estabeleceram-se níveis de priorização para regularização ambiental das APP que, por estarem ocupadas com fins agropecuários, potencialmente poderão ser objeto do Plano de Regularização Ambiental (PRA) no Estado. As informações apresentadas no diagnóstico foram sistematizadas por região fitogeográfica e abrangem todo o território catarinense.
Uma segunda análise no SMFA-SC permitiu classificar os municípios em relação às áreas de conflito legal e em relação às áreas com fragilidade ambiental alta e muito alta. Os municípios com porcentagem de área de conflito e ou porcentagem de área com fragilidade alta e muito alta superiores a 20%, podem ser prioritários para o PRA.
Porcentagem de área em conflito de uso nas APP por município
Porcentagem de área com fragilidade ambiental alta e muito alta nas APP por município
Através do SMFA-SC também foi possível realizar uma análise temporal da evolução da perda de áreas naturais e do aumento da fragilidade ambiental nos municípios. Essa evolução foi calculada para a área total dos municípios e para as APP dentro dos municípios.
A diferença entre a porcentagem de área natural e área antropizada entre 1985 e 2022 reduziu de forma mais acentuada nos municípios da região Oeste e Meio Oeste. Nas APP essa redução foi menos intensa, mas também perceptível.
Diferença entre as porcentagens de área natural e antropizada por município entre 1985 e 2022
Essa animação demonstra o aumento significativo das áreas antropizadas em relação às áreas naturais, entre 1985 e 2022, representando uma perda de áreas com vegetação nativa (desmatamento). Essa perda é observada de forma mais intensa nos municípios da região oeste e meio oeste (mudança de laranja para vermelho), alto e médio vale do Itajaí e serrana (mudança de verde escuro para verde claro e/ou de verde claro para laranja). Os tons de verde representam locais com mais de 50% de área com vegetação nativa. Os tons de vermelho e laranja representam locais com mais de 50% de área antropizada.
O aumento na fragilidade ambiental também seguiu um padrão semelhante, com menor intensidade nas APP.
O aumento na fragilidade ambiental também seguiu um padrão semelhante, com menor intensidade nas APP.
Diferença entre as porcentagens de área com fragilidade ambiental baixa e muito baixa e as porcentagens de área com fragilidade intermediária, alta e muito alta por município entre 1985 e 2022
Essa animação demonstra o aumento significativo das áreas com fragilidade baixa e muito baixa em função do desmatamento, entre 1985 e 2022. Essa perda é observada de forma mais intensa nos municípios da região oeste e meio oeste (mudança de laranja para vermelho), alto e médio vale do Itajaí e serrana (mudança de verde escuro para verde claro e/ou de verde claro para laranja). Os tons de verde representam locais com mais de 50% de área com fragilidade ambiental baixa e muito baixa. Os tons de vermelho e laranja representam locais com mais de 50% de área com fragilidade intermediária, alta e muito alta.