Florianópolis, viveu um dia (17/02) de calor de deserto, com temperatura alta de 39,1°C no norte da ilha (estação de carijós), que é considerado extremo. Esse foi o maior registro desde que a estação meteorológica foi instalada em 2014. Em 2019, a temperatura atingiu 37,9°C em fevereiro, mas nos anos anteriores não passava de 34°C. No entanto, a estação do Itacorubi, que possui registo desde 1995, o recorde para o mês de fevereiro é 40°C e ocorreu em 2010 (Tabela 1).
Em Schroeder, no norte de SC, a segunda-feira (17/02) também foi de calor intenso com temperatura de 39,4°C (Tabela 1), maior registro do estado neste dia, porém os recordes na maioria das regiões ocorreram entre os dias 10 e 12/02 (Tabela 1).
O calor intenso foi causado por uma massa de ar quente sobre a região, associada a condição pré-frontal (que antecede a chegada de uma frente fria) e foi sentido em todo o estado. Em Florianopolis, as áreas urbanas como o centro e o continente foram as mais afetadas devido ao efeito das ilhas de calor, onde o asfalto e a concentração de edifícios retêm ainda mais a temperatura. Moradores relataram sensação térmica mais alta e nas praias o movimento foi menor do que o habitual, pois, muitos preferiram buscar refúgio em ambientes climatizados.
A hidratação constante, o uso de protetor solar e evitar exposição ao sol entre 10h e 16h é o melhor a se fazer em dias de calor intenso. Os cuidados especiais com a saúde em relação a desidratação e insolação devem acentuados para os idosos e crianças.
Nesta terça e quarta-feira (18 e 19/02) o calorão é amenizado devido a uma frente fria em deslocamento por SC.
Marcelo Martins e Gilsânia Cruz – Meteorologistas Epagri/Ciram
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Tabela 1 – Recorde de temperatura máxima do ar em fevereiro de 2025 em Santa Catarina. Fonte: EpagriCiram/Parceiros. Dado sujeito à correção posterior.