Uso de sensor LiDAR para avaliação de sistemas de condução em macieira é apresentado em congresso

Os pesquisadores Cristina Pandolfo, Gabriel Berenhauser Leite e Elisangela Benedet da Silva, do Epagri Ciram, juntamente com o pesquisador André Amarildo Sezerino, da Epagri/Estação Experimental de Caçador, apresentaram os primeiros resultados do uso do sensor LiDAR para a avaliação do manejo de pomares de macieira no 28° Congresso Brasileiro de Fruticultura que ocorreu de 6 a 10 de novembro de 2023 em Pelotas, RS.

O sensor LiDAR (Light Detection and Ranging) utiliza pulsos laser, que geram uma nuvem de pontos tridimensional dos objetos-alvo. Os dados obtidos a partir deste sensor Lidar permitem gerar informações sobre o desenvolvimento da planta ao longo do ciclo, bem como informações morfológicas como altura, superfície e dimensão de uma planta ou pomar, sendo estes parâmetros importantes para a definição do manejo do pomar e das melhores práticas culturais a serem adotadas. Para a obtenção das imagens, o sensor é acoplado a um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT), mais comumente conhecido por Drone.

O uso desta ferramenta, sensor embarcado em drone, permite reduzir o trabalho e o tempo de aquisição dos dados de campo e aumentar a precisão das estimativas e modelos produzidos a partir dos dados coletados. A cultura da macieira passa atualmente por mudanças no seu sistema de produção devido a adoção de novos sistemas de condução mais adensados, proporcionados pelo uso de novos porta-enxertos ananizantes. Sistemas como Muro Frutal estão sendo testados na Epagri/Estação Experimental de Caçador com diversos porta-enxertos para diferentes variedades de copa desenvolvidas pela empresa. O trabalho de coleta de dados sobre altura de planta e volume de copa, por exemplo, torna muitas vezes inviável este tipo de trabalho em experimentos fatoriais nas condições ótimas de condução, face à alta demanda de mão de obra. Deste modo o uso desta ferramenta pode vir a ajudar na otimização da coleta de dados e na precisão das informações geradas, visto que, ao invés de se usar amostragens, pode-se utilizar todas as plantas do tratamento.

O trabalho foi realizado num sistema muro frutal que contempla um experimento de duas cultivares copa, Monalisa e Luíza, enxertados sobre 7 diferentes porta-enxertos (G41, G202,G213, G210, G814, Maruba/M9 inter-enxerto 15cm e Maruba/M9 inter-enxerto 30cm). Na figura 1 é possível ver a diferença de desenvolvimento das plantas, causado pelos diferentes porta-enxertos, demonstrando, assim, o potencial desta ferramenta para a análise da influência de porta-enxertos sobre o vigor da cultivar copa. Algoritmos para cálculo de tamanho e volume das plantas precisam ser desenvolvidos, o que proporcionará futuramente uma otimização de tempo e mão-de-obra na avaliação deste tipo de experimento.

Contato:

Gabriel Berenhauser Leite
E-mail: gabriel@epagri.sc.gov.br
Telefone: (48) 3665-5120