O verão foi marcado por chuva mal distribuída em boa parte de SC, concentrada em alguns dias no período da estação. Considerando os meses de janeiro-fevereiro-março, os totais de precipitação ficaram entre próximos e acima da média nas áreas do oeste aos planaltos. As áreas em amarelo no mapa da Figura 1 representam valores mais significativos de chuva abaixo da média climatológica. A situação foi inversa em localidades no leste de SC (especialmente em janeiro) e no Extremo Oeste (especialmente em fevereiro), onde a chuva ficou bem acima da média (Figura 1).
Em relação à temperatura, foi uma estação mais próxima à normalidade, com dias quentes e uma prolongada onda de calor em fevereiro, desde os primeiros dias do mês até o Carnaval, quando o tempo mudou e o calor em SC tornou-se mais “suportável”.
Como é comum no verão, ocorreram temporais localizados com frequência e em boa parte do estado catarinense. Em Timbó (Médio Vale do Itajaí), uma tempestade severa acabou gerando o fenômeno chamado “microexplosão” (classificada pela Defesa Civil-SC), no dia 11/01/2024. Entre os dias 16 e 21/02, o raro ciclone monitorado pela NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), que atuou no litoral do Sudeste e Sul do Brasil, chamou a atenção dosmeteorologistas. O sistema foi classificado pelo serviço Meteorológico da Marinha do Brasil como Tempestade Tropical Akará, no dia 19/02, quando atingiu seu estágio máximo, felizmente sem provocar danos na área continental.
Figura 1 – Anomalia de precipitação em SC nos meses de janeiro-fevereiro-março de 2024. Fonte: estações monitoradas na rede Epagri/Ciram. (Elaboração: Maikon Alves)
Gilsânia Cruz e Laura Rodrigues – Meteorologistas