Epagri e Sebrae trabalham para a Indicação Geográfica do Alho Roxo do Planalto Catarinense

As ações para o estabelecimento da Indicação Geográfica do Alho Roxo do Planalto Catarinense, na modalidade de Denominação de Origem (DO), veem sendo desenvolvidas por várias instituições desde 2021.

Foto: Adriana Francisco e Marco Antônio Lucini

A Epagri, Sebrae, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Associação catarinense dos produtores de alho (Acapa), Câmara Setorial do alho, Cooperativa Regional Agropecuária do Meio Oeste Catarinense (Copar), Prefeituras Municipais da Região (Curitibanos, Frei Rogério, Fraiburgo, Brunópolis, Monte Carlo, Lebon Régis e Caçador) estão consolidando as informações para a IG do Alho Roxo. Estas informações serão analisadas pela Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina (SAR) e posteriormente encaminhadas ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

O alho roxo desta IG na modalidade DO foi definido por sete cultivares do grupo Chonan, denominadas: Chonan, Ito, Quiteria, Caçador, Contestado, Jonas e Ito HF. A produção de alhos nobres em Santa Catarina começou no final da década de 70, com o pioneirismo do Sr. Takashi Chonan. A seleção da variedade de alho nobre roxo, que leva o seu nome, foi realizada na localidade do Núcleo Tritícola, então município de Curitibanos, hoje Frei Rogério-SC.

A ligação entre os cultivares de Alho Roxo do Planalto Catarinense e o seu ambiente reside na utilização destas variedades locais bem adaptadas às condições climáticas, edafológicas e topográficas da área de cultivo. Os fatores naturais associados aos métodos de beneficiamento tradicionais, conforme conhecimento de produção da área geográfica induzem a externalização de características específicas tais como: cor púrpura da película de proteção dos bulbilhos, tamanho dos bulbos, aromas e componentes bioquímicos. Essas qualidades lhe dão a reputação e distintas características para a requisição de uma indicação geográfica na modalidade de “Denominação de Origem (DO)”.

Foto: Adriana Francisco e Marco Antônio Lucini


Com a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica, as ações conjuntas para o estabelecimento da Indicação Geográfica preveem:

  • Descrição do processo de extração ou produção do produto, pelo qual tenha se tornado conhecido, notório;
  • Descrição das qualidades ou características do produto, para comprovação da influência do meio geográfico nas características e qualidade do produto;
  • Fundamentação acerca da delimitação da área geográfica apresentada de acordo com a espécie da IG requerida, para o instrumento oficial que delimita a área geográfica;
  • Participação em atividades relacionadas à Indicação Geográfica do Alho Roxo (Seminários, reuniões, workshops, etc.).

    Pela Epagri participam técnicos da Extensão Rural, da Estação Experimental de Caçador e do CIRAM. A Epagri e Sebrae foram parceiras no estabelecimento das Indicações Geográficas dos seguintes produtos: Vales da Uva Goethe, Banana da Região de Corupá, Maçã de São Joaquim, Vinhos de Altitude e Mel do Melato da Bracatinga.

    A indicação geográfica (IG) será materializada com um selo que indicará que o Alho Roxo do Planalto Catarinense foi produzido segundo processos agronômicos históricos e de qualidade definida. Este selo será também a identificação que o Alho Roxo do Planalto Catarinense faz parte de um grupo seleto de produtos catarinenses com passaporte para o comércio internacional.

    Contato:
    Hamilton Justino Vieira
    E-mail: vieira@epagri.sc.gov.br
    Telefone: (48) 3665-5006
Foto: Adriana Francisco e Marco Antônio Lucini