O mapeamento das áreas com culturas agrícolas, bem como o acompanhamento dos estágios de desenvolvimento das plantas, são informações fundamentais para agricultores, pesquisadores e gestores. Tais dados são importantes para ações como previsão de safra, planejamento agrícola, formulação de políticas públicas, gestão de recursos naturais, entre outras.
Foi pensando nisso que a pesquisadora da Epagri/Ciram, Juliana Mio de Souza, submeteu à avaliação da Fapesc projeto piloto que se propõe a desenvolver e implementar uma solução tecnológica que permita a classificação e o monitoramento automatizados da distribuição espacial e temporal da cultura do arroz irrigado e seus respectivos estádios fenológicos, ou seja, etapas de desenvolvimento das plantas. O projeto conta com apoio de técnicos de diferentes unidades da Epagri: Ciram, Cepa, Estação Experimental de Itajaí e escritórios municipais.
Desenvolvimento sustentável
“O desenvolvimento e a utilização dessa tecnologia estão alinhados com a promoção do uso de tecnologias de informação para monitoramento e gestão eficientes, bem como ao acesso à informação digital”, observa Juliana. A pesquisadora destaca ainda que a adoção dessa tecnologia contribui também para o alcance de metas nacionais relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
A estimativa de área e o monitoramento fenológico das culturas agrícolas normalmente são realizados a partir de informações coletadas a campo e de interpretação visual de imagens de satélite. “Essa solução é um processo oneroso e demorado e o agronegócio requer sistemas de monitoramento com informações mais precisas e atualizadas em um intervalo de tempo cada vez menor”, pondera a pesquisadora.
Caso o projeto seja aprovado, os pesquisadores pretendem replicar os resultados para outras culturas como maçã, banana, uva e milho, por exemplo.
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Juliana Mio de Souza