Setembro está sendo de chuva frequente e bem distribuída em Santa Catarina, com passagem marcante de frentes frias nos dias 4 e 5, 8 e 9.
Os acumulados nos primeiros 10 dias do mês ficaram acima de 50mm em grande parte do estado. Valores de 80mm a 100mm ocorreram principalmente nas regiões do Extremo Oeste ao Meio-Oeste, Planalto Sul, Alto Vale e parte serrana da Grande Florianópolis. Em Mirim Doce e Urubici, foram 140mm no período.

Mapa de acumulados de chuva entre 1 e 10/09/2025 em SC (Fonte: Agroconnect – dados de estações monitoradas na Epagri/Ciram, sujeitos à correção posterior).
Chuva acima da média em setembro
O sol predomina nos últimos dias da primeira quinzena de setembro, com o retorno da chuva na segunda metade do mês. Setembro deve terminar com precipitação acima da média em Santa Catarina. Em outubro e novembro, a tendência é de redução nos volumes de chuva, principalmente no Oeste, onde há chance de períodos mais longos de estiagem (ver boletim da Previsão Climática).
Os meteorologistas da Epagri lembram que a primavera é uma estação marcada por extremos, em qualquer um desses três meses, com chuvas intensas em pouco tempo, acompanhadas de raios, granizo e fortes rajadas de vento. Por isso alertam para a importância de acompanhar sempre os avisos diários publicados pelo Ciram.
O que mostram os números (climatologia da chuva mensal)
- Setembro: 150 a 210 mm no Oeste; 110 a 170 mm nas demais regiões.
- Outubro: mês mais chuvoso do trimestre, com 210 a 280 mm no Oeste e 140 a 180 mm nas demais áreas.
- Novembro: 130 a 180 mm em média em todo o estado.
Temperatura e neutralidade climática
Entre setembro e novembro, as temperaturas devem ficar dentro da média histórica. Ainda podem ocorrer episódios de frio tardio no estado, inclusive com geada no Planalto Sul, como registrado na atual semana (0,6°C em Urupema no dia 10/09). As tardes quentes, com máximas acima de 30°C, são esperadas em poucos dias consecutivos e o Oeste é a região do estado que tende a registrar dias mais quentes.
A previsão é de neutralidade climática durante o trimestre, ou seja, sem influência de El Niño ou La Niña. O resfriamento das águas do Pacífico, no entanto, pode indicar a formação de uma La Niña fraca e de curta duração, entre o fim da primavera e início do verão (ver nota Epagri/Ciram sobre os reflexos do resfriamento da TSM do Pacífico em SC).
Contato:
Laura Rodrigues e Marilene de Lima – Meteorologistas
André Luis Gomes Farias – Bolsista FAPESC/Epagri
Epagri/Ciram/Florianópolis – (48) 3665-5008